sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Setembro Amarelo - Campanha de Prevenção Ao Suicídio e Defesa da Vida

Setembro Amarelo 

Campanha de Prevenção Ao Suicídio e 

Defesa da Vida

Setembro Amarelo - Campanha de Prevenção Ao Suicídio e Defesa da Vida



A ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria, promove aqui no Brasil uma campanha de Prevenção ao Suicídio,  a Campanha Setembro Amarelo, que já acontece internacionalmente. O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, por isso o mês de setembro foi escolhido para a campanha. A intenção é combater o estigma que existe em torno do assunto, promover a discussão do tema na mídia e informar a população.


Setembro Amarelo - Campanha de Prevenção Ao Suicídio e Defesa da Vida



Em 2014 foi lançada uma cartilha para combater o suicídio: Suicídio Informando para Prevenir, numa parceria  entre o Conselho Federal de Medicina – CFM e a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP  para combater os altos índices de suicídio no Brasil.


A cartilha "foi criada para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.

A cartilha "Suicídio: informando para prevenir” fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema." (Conheça a cartilha para combater o suicídio, PUBLICADO EM 20 DE NOVEMBRO DE 2014, site: http://www.abp.org.br/)

Setembro Amarelo - Campanha de Prevenção Ao Suicídio e Defesa da Vida



"O suicídio é um fenômeno presente ao longo de toda a história da humanidade, em todas as culturas. É um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo." (Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, pág. 10)

O Suicídio Em Números


Veja os números surpreendentes em destaque no capítulo 5 da cartilha: 


"5. O impacto do suicídio: por que prevenir? 

Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil habitantes por ano – 15,0 para homens e 8,0 para mulheres (OMS, 2014). 15 A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente. Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, sendo que o número de vidas perdidas desta forma, a cada ano, ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados. Além disso, cada suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas.

5.1. No Brasil

O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. Em 2012 foram registradas 11.821 mortes, cerca de 30 por dia, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres. Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens. Os números brasileiros devem, entretanto, ser analisados com cautela. Em primeiro lugar porque pode haver uma subnotificação do número de suicídios, em segundo lugar porque há uma grande variabilidade regional nas taxas." (Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, págs. 14-15)

Mitos e Verdades Sobre o Suicídio

Mitos e verdades sobre suicídio

Mitos e verdades sobre suicídio 2





Fatores de Risco:


Principais:

  • Tentativa prévia de suicídio;
  • Doença mental;
Outros Fatores: 

  • Desesperança, desespero, desamparo e impulsividade:
  • Idade;
  • Gênero;
  • Doenças clínicas não psiquiátricas:  As taxas de suicídio são maiores em pacientes com câncer; HIV; doenças neurológicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, e outras; 
  • Eventos adversos na infância e na adolescência: Maus tratos, abuso físico e sexual, pais divorciados, transtorno psiquiátrico familiar, entre outros fatores, podem aumentar o risco de suicídio. 
  • História familiar e genética:
  • Fatores Sociais: pessoas desempregadas com problemas financeiros, viver sozinho, parecem aumentar o risco de suicídio.
(Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, pág. 16-22)


fatores de risco ao suicídio



3 Preguntas Cujas Respostas Sugerem Risco de Suicídio: 


"1. Você tem planos para o futuro? A resposta do paciente com risco de suicídio é não.

2. A vida vale a pena ser vivida? A resposta do paciente com risco de suicídio novamente é não.

3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? Desta vez a resposta será sim para aqueles que querem morrer"

(Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, pág. 51)


Transtornos


Depressão;
Transtorno Bipolar;
Esquizofrenia;
Transtorno relacionado ao uso de álcool e outras substâncias;
Transtorno de Personalidade.

Depressão:


"A depressão é uma doença muito prevalente. Estima-se que entre 6% a 8% da população fará pelo menos um episódio em um ano. Ao longo da vida, até 25% das mulheres e até 10% a 12% dos homens também farão pelo menos um episódio depressivo. É uma doença que tende a ser crônica e recorrente, particularmente quando não tratada, podendo ser importante fonte de incapacidade. Segundo a OMS, é a segunda mais importante causa de incapacidade no mundo. Em função de sua alta prevalência, a depressão é a doença mental que mais está associada ao suicídio. Representa, em números absolutos, o diagnóstico mais frequentemente encontrado entre suicidas. Em função disso, faz parte das estratégias de prevenção ao suicídio de alguns países o tratamento rápido e efetivo das depressões, com o intuito de salvar vidas.


Alguns dos sintomas comuns de depressão são: 
  • sentir-se triste durante a maior parte do dia, diariamente; 
  • perder o interesse em atividades rotineiras; 
  • perder o apetite, com perda de peso, ou ter aumento do apetite, com ganho de peso; 
  • insônia, ou o contrário, necessidade aumentada de dormir; 
  • sentir-se cansado e fraco o tempo todo; 
  • sentir-se inútil, culpado e sem esperança; sentir-se irritado e cansado o tempo todo; 
  • sentir dificuldade em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-se das coisas; 
  • e ter pensamentos frequentes de morte e suicídio." 

"Os tratamentos para depressão estão facilmente disponíveis e incluem tratamentos que podem ser usados em atenção primária, como psicoterapia de tipo interpessoal ou cognitiva, bem como medicamentos antidepressivos. Os medicamentos são mais eficazes do que as psicoterapias, particularmente nas depressões de intensidade moderada e grave, mas sempre que possível uma associação com a psicoterapia é desejável. Outros tratamentos têm seu uso mais adequado na atenção secundária/terciária, como a estimulação magnética superficial e profunda, entre outras. Uma menção especial deve ser feita para a eletroconvulsoterapia (que, a despeito de muita controvérsia em relação ao seu uso, é ainda hoje o mais eficaz tratamento para a depressão), sendo reservada primordialmente para casos selecionados como: depressões graves, depressões refratárias, depressões com sintomas psicóticos e depressões com risco alto de suicídio já que a ação antidepressiva do ECT é mais rápida do que dos próprios antidepressivos. Todas as terapêuticas devem estar disponíveis para salvar vidas. Cabe ao médico escolher a mais adequada para cada situação." Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, págs. 32-34)

Algumas Formas de Prevenção do suicídio


"Promoção de qualidade de vida:

  • Incentivo a espaços de promoção de saúde na comunidade, como a realização de grupos de autoajuda nas igrejas e escolas, associações e ONGs; 
  • Controle/regulação do acesso aos métodos mais utilizados, como: carbamato (chumbinho); pesticidas; raticidas e outros; e restrição às armas de fogo; 
  • Construções inteligentes e planejamento da cidade com medidas de segurança; comprometimento dos órgãos 51 responsáveis; e campanha SELO AMARELO para constru- ções que atendam a essas medidas de segurança; 
  • Incremento do uso estratégico da mídia para campanhas preventivas e maior regulação da veiculação em casos de tentativas; 
  • Evitar as descrições pormenorizadas do método empregado, bem como fatos e cenas chocantes;
  • Campanhas nas escolas que problematizem o assunto, de forma a descontruir tabus e facilitar a prevenção." (Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, pág. 51)


Nesta página você pode baixar a cartilha em pdf:

http://www.abp.org.br/portal/conheca-a-cartilha-para-combater-o-suicidio/

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